Diário da viagem

Esta viagem começou a ser programa da em meado de 2006.

Inicialmente eu (Rodrigo) e Fabrício Ferro iríamos de moto, que na época eram duas XR200, até Machu Picchu. O caminho nem sabíamos nada a respeito. Não tínhamos informações de onde ficar, onde comer, por onde ir e o que ver.
Depois de muita pesquisa e amadurecimento de idéias, descobrimos que uma boa época para se fazer a viagem é em Setembro, então marcamos a data da viagem para Setembro de 2009.
Por motivos de força maior a viagem teve que ser adiada por dois anos, mas este ano, 2011, mais precisamente no dia 03 de Setembro estaremos iniciando a viagem.
As motos que inicialmente seriam motos pequenas e de baixa cilindrada, foram substituídas por motos maiores, como podem ver no A Moto.
Muitos andam me perguntando quantas horas iremos rodar por dia? Quanto kilómetros percorreremos em um dia?
Isso é tudo muito relativo, apesar de termos um roteiro com distâncias a serem percorridas durante os dias, isso não quer dizer que é uma regra. Poderá ter dias em que percorreremos 1000 kilómetros, porém outros que mal andaremos 200 kilómetros.
No total percorreremos entre 10 e 13 mil kilómetros entre Brasil, Bolívia, Peru, Chile e Argentina, nosso objetivo é completar a viagem em torno de 25 a 27 dias.
Meu principal objetivo é conhecer lugares, culturas e povos que só conheço por livros e relatos de amigos que já fizeram este tipo de viagem. Pretendo pernoitar em povoados pequenos para poder conversar com as pessoas receber e transmitir conhecimento.
Levarei barraca, água, comida, etc, já que em uma viagem como essa nunca se sabe o que pode acontecer, e também porque por pelo menos uma noite pretendo acampar em algum lugar inóspito quem ainda não decidi onde será.
Pretendo relatar com uma certa frequência um diário de viagem, com os acontecimentos diários e também algumas fotos.
Acho que é isso...
Abraço a todos.
Rodrigo EGEA

Sábado, 3 de setembro de 2011

1º Dia. Piracicaba/SP a Aquidauana/MS - 1025 Km - Fotos (Clique Aqui)

Inicialmente a foto do painel da moto antes do início da viagem, o odometro marca 60391km, temperatura de 10,1ºC.
Hoje saímos de Piracicaba por volta de 6:00, as 8:00 estávamos em São Manoel para encontrar o Robson Carioca.
Rodamos aproximadamente 13 horas e atingimos a marca de 1025 Km.
Estamos no momento em Aquidauana e meu amigo Rogério, figura que conheço a aproximadamente a 25 anos nos brindou com um legítimo churrasco matogrossense. Valeu Rogério, muito obrigado a você e sua família por nos receber. Obrigado de coração.
As motos estão ótimas, correspondendo à risca no que diz ser uma Big Trail.
Asfalto bom em 100% do caminho. Tempo muito quente na tarde de hoje.
Temperatura do dia mínima de 6º e máxima de 35º.
Um ponto curioso da viagem ainda em SP, vimos um confinamento de gado, mas tinha tanto boi que não dava para ver o fim, com certeza passava da casa dos milhares... Pena que não tem foto.

Domingo, 4 de setembro de 2011

2º Dia.  Aquidauna/MS a Puerto Quijarro/BOL – Fotos (Clique Aqui)

Ainda em Anastácio depois do churrasco na casa do Rogério, paramos para tirar umas fotos da igreja matriz e o Ferro descobriu que o pezinho de descanso da XT estava quebrado, quase derrubou a moto no chão...
Nossa salvação foi o Everton, funcionário do hotel que conseguiu em soldador em um domingo pela manhã para soldar o descanso. Reparo feito, seguimos para o posto, óleo verificado, tanque cheio, caímos na estrada.
Os amigos aqui estão pegando no meu pé, dizendo  que o IBAMA está atrás de uma DR azul com placa de Piracicaba. O motivo???
Infelizmente atropelei dois pássaros e com certeza os dois passaram dessa pra melhor...
Um saiu do acostamento e ao invés do voar para o mato voou em minha direção e acertou meu pé, foi pena pra todo quanto é lado. O outro saiu de uma árvore e acertou o motor da DR, até pensei que tivesse ficado preso na moto, mas não.
De Anastácio para Corumbá, de Pantanal mesmo não vi nada, somente animais mortos atropelados e o rio Paraguai, esse sim é bonito, e com uma ponte mais bonita ainda.

Segunda-feira, 5 de setembro de 2011

3º Dia. Puerto Quijarro/BOL  a San Jose de Chiquitos/ BOL - 378,6 KM - Fotos (Clique Aqui)

Hoje o dia começou “bem”, acordamos cedo e após o café da manhã seguimos para a imigração, mesmo antes de abrir lá estávamos nós…  Após os tramites da imigração seguimos para a Aduana para fazer a entrada das motos na Bolívia.
Tudo isso foi razoavelmente rápido, depois disso seguimos para a polícia de transito para fazerem uma permissão de transito durante nossa estadia na Bolívia.
Eram dois policias com uma máquina de escrever velha em uma salinha suja e quente e uma mesa de buteco, demorou mais de uma hora para o “oficial” datilografar, as 5 folhas, e o mais engraçado é que ele nos deu um formulário original e nós mesmo é que tivemos que tirar as cópias, 10 no total, só que 5 ficaram com eles, os caras não tem nem formulários para trabalhar. Com 100 bolivianos a mesmo cada uma (cerca de R$ 30,00) seguimos viagem, isso foi o que nos foi cobrado pelo agente policial por cada documento, totalizando 500 bolivianos, com certeza ele ganhou o mês com essa cobrança, pois tenho quase certeza de que não seria necessário pagamento de nada.
Pegamos estrada pra valer mesmo por volta de 11:00, (lembrando que nós estamos 1 hora a frente do Brasil por causa do fuso horário), logo depois de 20 Km fomos parados novamente. Pensei eu, “La se vão mais bolivianos$$$”, mas não, foram apenas solicitados nossos documentos e seguimos viagem.
Fiquei impressionado com a quantidade de animais na pista, é cabrito, carneiro, burro, gado, cavalos, etc. O negócio é de assustar se bobear um pouco atropela um bicho. E ali sem recurso ou assistência alguma qualquer acidente por menor que seja vai se tornar um problemão.
A estrada está um tapete para se andar de moto, o piso é de concreto ao invés de asfalto e dá para se desenvolver uma velocidade muito boa. Transito??? Nenhum, uma vez ou outra é que cruzamos um carro ou caminhão, praticamente esta deserta a estrada.
Mas a paisagem….. Horrivel, tudo queimado, tudo preto, só carvão pra todo lado. Onde não é carvão é pasto. Só aqui bem mais próximo a San José de Chiquitos é que a paisagem começou a mudar a apareceu uns morros e umas curvas, pois até agora era só retão…
Depois de 200 km paramos para o Ferro colocar a gasolina dos galões no tanque da XT pois com o combustível apenas do tanque não seria possível chegar em Roboré.
Mais 50 km, Roboré…. Lugar feio e pobre, uma miséria total, e esse é o único lugar que vende gasolina e ainda por cima controlada pelo exército Boliviano. O posto é a céu aberto e a gasolina é abastecida em uma bomba manual instalada em um tanque de caminhão. Aproximadamente R$ 20,00 para encher o tanque da DR. Baratíssimo.
Lá conhecemos um Brasileiro de Sorocaba/SP, ele deixou tudo no Brasil e foi com a família para Roboré, montou lá uma fábrica de picolés com sabores brasileiros, a esposa fabrica os mesmos e ele sai vendendo pelas ruas. Segundo ele não conseguiríamos chegar em Santa Cruz de la Siera que seria nosso destino do dia. Pois ainda faltariam 8 horas de estrada e já eram 14:00 hrs. Ele disse também que as condições da estrada está péssima devido as obras de construção da mesma.
Decidimos ficar em San José de Chiquitos, cidade muito pequena e mais pobre ainda, paramos na plaza central e fomos atrás de Hotel. Eu e o Ferro achamos um simples, mas bota simples nisso, hahahah. O quarto não tem janelas, somente uma grade e uma cortina, o banheiro do quarto que estou não tem porta, nem privada, nem lavatório, somente uma cama e uma ducha gelada, nem ventilador tem no quarto… E adivinha o que aconteceu quando fui tomar banho…. Não tinha água…. Hhahahahah Depois de alguém desligar o chuveiro em algum outro quarto a água veio pra minha ducha e consegui tomar banho.  Decidi que naquele quarto não ficaria e consegui com muito custo que o “gerente“ do hotel me trocasse de quarto. Agora estou em um melhorzinho, tem até TV… hahahahaha
Logo que fizemos o ingresso no hotel fomos abastecer as motos,pois os postos aqui fecham as 20:00 e só abrem as 8:00 e nossa idéia é se mandar daqui logo bem cedo. Aqui só tem 2 postos e um não tinha gasolina, o Armando rapaz muito prestativo nos guiou até o segundo posto e mais uma surpresa, não vendem gasolina para estrangeiros, estávamos no meio do nada e sem gasolina. Mas em todo lugar existe uma alma boa….
O Bascop,é sargento do exercito Boliviano nos autorizou para que abastecêssemos as motos em seu nome utilizando sua cota de combustível , ele muito interessado em tudo, perguntando muitas coisas sobre as motos e sobre a viagem. Em conversa com ele, o mesmo nos contou que esteve no Haiti com o Exercito Boliviano e conheceu muitos soldados do Exercito Brasileiros por lá e que os brasileiros sempre ajudavam os bolivianos em tudo, inclusive alimentação. Ele nos ajudando foi uma maneira que encontrou para retribuir o que recebeu no Haiti.
À noite fomos procurar algo para comer e acabamos comendo um lanchinho muito bom, regado a Coca-Cola e cerveja Pacenã.

Terça-feira, 6 de setembro de 2011

4º Dia. San Jose de Chiquitos/ BOL a Entre Rios/BOL - 502 KM - Fotos (Clique Aqui)

Hoje o dia começou comigo tentando fazer a regulagem do carburador da moto do Robson que estranhou a gasolina Bolívia.
Saímos por volta de 7:00 da manhã e paramos para compra uns pães e presunto em lata pois o café do “hotel”, foi só café mesmo que somente o Guto e eu tivemos coragem de experimentar.
Como as motos já estavam de tanques cheios, caímos na estrada, depois de 65 km rodados encontramos com a estrada de terra, foram 55 km de terra uns trechos muito ruins e depois um estradão onde deu para desenvolver uma velocidade boa, depois de volta para a rodovia concretada.
Chegamos em Santa Cruz de la Sierra, abastecemos, trocamos dinheiro e estrada novamente.
O problema é que depois de Santa Cruz de la Sierra o transito ficou pesado e com muitos caminhões e não conseguimos desenvolver a viagem.
Fomos parados pela policia camineira para a cobrança do pedágio 5 bolivianos cada moto.
Um problema muito sério aqui na Bolívia está sendo em relação a combustível, muitos não vendem para estrangeiros, outros vendem com o dobro do preço e todos os postos tem horário para fechar.  Como o de hoje no final da tarde por exemplo.
No momento estamos no Pueblo de Entre Rios, pois as motos estão ficando sem gasolina, algumas já na reserva, o posto fechou as 17:00, chegamos aqui as 18:00, então nada de gasolina. Estamos em um hotel bem melhor que o de ontem, mas sem telefone, nem internet, nem  nada…. Mas pelo menos tem água. hahahahaaha
Hoje na estrada muitos bichos ainda, até porco tinha no acostamento, um perigo danado.
Passamos também pela região dos Hamich (não sei se é assim que se escreve), um povo de descendência européia que renega qualquer tipo de tecnologia, vivem como se fosse 1900 e nada…. O mais bacana que vi foi um garotinho Hamich, montado a cavalo pastoreando dezenas de cabeças de gado na beira da pista, teve um outro que quando viu as motos ao longe veio correndo a cavalo para ver a motos passar e cumprimentar. Muito bacana.
A estrada está muito boa só chegando em Santa Cruz é que apareceu uns buracos mas nada de assustar não. Até aqui em Entre Rios o asfalto está perfeito.
Quanto a paisagem, não mudou muito não, passamos por várias pontes onde antes com certeza existia um rio, mas agora é só areia, mato e nada de água. Tinha um leito de rio que tinha até um ônibus estacionado lá dentro, em outro tinha caminhões extraindo areia, mas água doce… nada.

Quarta- feira, 7 de setembro de 2011

5º Dia. Entre Rios/BOL a Caracollo/BOL - 467 KM - Fotos (Clique Aqui)


1º Gostaria de informar aos amigos que comprei um terreninho lindo… Já, já comento sobre ele.
2º Informo que as DR’s passaram dos 4496 msnm (metros sobre o nível do mar) sem “quase” nenhuma dificuldade.
3º O Robson nos deu um susto tremendo, já falarei sobre isso também.

Hoje começamos o dia tentando mais uma vez regular a moto do Robson, tomamos o café da manhã e fomos para o posto para abastecer as motos, depois das motos abastecidas seguimos viagem… 10 km rodados e precisamos parar, pois a moto do Robson não ficou boa, estranhou muito a gasolina, não passava de 80 km/h e isso porque ainda estávamos a 300 metros acima do nível do mar. Enquanto mexíamos na moto houve um acidente do outro lado da pista um carro caiu em uma vala ao tentar desviar de um caminhão… Não teve feridos, só estragos materiais.
Estrada maravilhosa paisagem bonita, por aqui ainda tem muito verde e vamos nós começar a subir a “serra” em direção a Cochabamba.
Em alguns lugares da subida se vê a placa “Falha Geológica” ou “Zona Geologicamente Instável” nesses trechos a estrada é de pedras e às vezes terra mesmo, em um desses, eu quase perdi minha barraca.
Durante a subida passamos por um posto de controle onde um dos guardas perguntou ao Zé Glauco de onde éramos, ao ele responder que era do Brasil o guarda gritou “-Brasil terra da música do Calcinha Preta”. Olha só a referência musical do Brasil.. hahhahahahahaha
Como eu estava no fim da fila quando eu passei ele gritou pra mim “-Brasil terra del mejor futebol del mundo”, aí sim…ahhahahah
Durante a subida teve dos rapazes que nos acompanharam quase o tempo todo com suas motos 150 Cc, umas motinhas japonesas que não existe e acho que nem existirá no Brasil.
Aqui ninguém usa capacete seja na cidade ou na rodovia, como vínhamos rodando juntos quando avistamos um lugar muito bacana pedimos para que eles parassem para tirarmos umas fotos juntos.
Alex e Jonh em suas motos, ao fundo o reservatório da usina Hidrelétrica de Corani, esta usina fornece energia a toda Cochabamba.
Logo que voltamos andar o Robson e o Ferro pararam para tirar umas fotos e como não apareciam, no retrovisor paramos no acostamento, demorou muito e o Guto voltou, como eu e o Zé resolvemos voltar, foi a hora do terreninho.
Estávamos a 3600 e pouco metros de altitude, dei partida na moto para subir um barranquinho, acelerei e a moto deu uma engolida bem na hora em que a roda a frente subiu na pista, fui colocar o pé no chão… Mas que chão???? Faltou meio metro de perna hahahahaha.
A moto pendeu e com o peso que está, nem tentei segurar, fui baixando o mais devagar que pude e quando não consegui mais saltei de cima dando um duplo mortal escarpado no meio do acostamento. Ahahahah. Terreninho lindo em um vale com vista para a represa e umas montanhas mais lindas ainda…
Moto levantada, partida e bóra rodar… Antes que perguntem não tem fotos, o Zé não está habituado ainda, mas já explicamos a ele “Primeiro tira foto e dá risada, depois ajuda a levantar a moto”.
Cochabamba é uma cidade grande, mas dentro de um buraco, é morro pra todo lado. Comemos Pollo e Papas Fritas e alguns se arriscaram no macarrão eu só comi Papas Fritas mesmo, almoçamos em um butequinho e como já tínhamos abastecidos as motos seguimos viagem em direção a cordilheira. Por aqui já se acha gasolina com mais facilidade.
Por volta de 14:00 horas voltamos para a estrada para encarar a Cordilheira e mais 168 km até Caracollo de onde vos escrevo.
A cordilheira é a coisa mais linda, a cada curva é um visual diferente, um mais bonito que o outro. Por aqui a viagem não rede muito não, pois paramos a todo momento para tirar fotos.
Logo atingimos a altitude de 4100 msnm, paramos tiramos algumas fotos e apareceu um garotinho querendo 4 bls (bolivianos) cada foto que tiramos da placa. Como quase todos já tinham ido embora o garoto acabou não recebendo.
Foi ali que vi as primeiras Lhamas.
Rodamos mais um pouco e eu estava em terceiro na fila, e logo depois de uma curva o Ferro e o Robson não apareceram em meu retrovisor. Rodei mais um pouco e dei sinal para que os outros parassem para esperar, como os dois demoraram a aparecer o Zé voltou e depois de 5 minutos voltamos também.
Quando os encontramos descobrimos que o Robson, que no momento era o último da fila, havia sofrido um acidente. Ele atropelou um cachorro do tamanho de um da raça labrador, tentou ao máximo controlar a moto mas acabou caindo no acostamento do outro lado da pista.
Como ele está muito bem equipado, foi só o susto mesmo, e o saldo de uma seta, um espelho retrovisor e um machucadinho no tornozelo. Nada grave mesmo, nem em bens materiais nem humano, mas que tomamos um susto isso sim. Infelizmente o cachorro não teve a mesma sorte.
Animais na pista é muito comum por aqui, o mais comum são cães mesmo, pois o pessoal que passa de carro e ônibus joga alimento para os mesmo, então ficam todos na beira das estrada.
Ainda depois do acidente tivemos que rodar mais 55 km para chegar a Caracollo, na cordilheira a noite é muito frio. Chegando a Caracollo abastecemos as motos e fomos procurar onde ficar, teria que ser um lugar com garagem, pois no dia seguinte pela manhã iríamos concertar as avarias da moto do Robson.
Achamos um lugarzinho bacana, os cinco no mesmo quarto, foi só risada. O difícil foi dormir com os tratores trabalhando a noite toda dentro do quarto… Vai roncar assim lá na…..
A proprietária do alojamento a senhora Dilma, muito simpática e muito interessada na viagem.

Quinta- feira, 8 de setembro de 2011

6º Dia. Caracollo/BOL a La Paz/BOL - 202 KM - Fotos (Clique Aqui)

Hoje pela manhã quando levantei esta com muito frio mesmo, quando saí para ver as motos o termômetro de minha DR marcava -0,3ºC, a primeira negativa da viagem, a noite com certeza a temperatura deve ter baixado bem mais pois tinha um tambor com água e o mesmo formou uma camada de gelo por cima.
Colocamos as motos no sol e fomos consertar os estragos da moto do Robson devido ao acidente, adaptamos um botão de partida que também se quebrou no tombo, arrumamos a seta e compramos outro retrovisor.
Dei uma boa regulada na carburação. Agora vamos ver como a DR dele se sairá.
A distância percorrida hoje é pequena, pois pretendemos ficar em La Paz para amanhã conhecer o Caminho de Yungas.
Tomamos o café da manhã e saímos de Caracollo hoje por volta de 10:30 horário local, rodamos o dia todo no altiplano Boliviano e quase sempre acima de 4000 msnm.
A paisagem por aqui é tudo desértica as vezes tem um vilarejo, a estrada é muito boa e temperatura hoje estava bem agradável em torno de 18ºC.
Em um desses vilarejos estava tendo um protesto e fecharam a rodovia com pedras, paramos um pouco antes do bloqueio o Guto olhou para o lado direito e já foi entrando com a moto atravessamos o vilarejo e seguimos por terra até sairmos na estrada novamente bem a frente do bloqueio, aí foi só tocar com calma até La Paz, já que as motos insistem em não passar de 110 km/h
Chegamos a La Paz as 15:30 mais ou menos, paramos no primeiro hotel que vimos pois ficar rodando de moto aqui não dá não, o trânsito daqui é uma loucura.
Aqui onde estamos em El Alto próximo a La Paz a altitude é de 4075 msnm, eu não estou sentido quase nada os efeitos da altitude a não ser quando subo as escadas correndo ou atravesso alguma avenida correndo, forá isso está tudo tranquilo.
O visual da janela do hotel é maravilhoso com montanhas de picos nevados ao fundo da cidade.

Sexta- feira, 9 de setembro de 2011

7º Dia. La Paz/BOL - Coroico/BOL – La Paz - 227 KM - Fotos (Clique Aqui)

Hoje é dia de conhecer o Estrada da Morte ou Caminho de Yungas.
Acordamos cedo e já saímos em busca de um posto de combustível. Logo após abastecermos fomos procurar um local para a troca de óleo, achamos um local que vendia e nós mesmos trocamos o óleo das motos ali na rua mesmo sentados no meio fio.
Enquanto fazíamos o serviço apareceu um repórter chamado Marcelo de um canal de TV local e pediu para nos entrevistar, ele disse que ficou sabendo de nós por uma cantora que nos viu passeando pela cidade “El Alto”, o mais legal é que a entrevista foi ao ar ao vivo, o Marcelo disse que colocará a entrevista no YouTube com o nome de “Motos Brasil La Paz”, dá uma fuçada lá quem sabe está no site.
Depois que as motos já estavam abastecidas e com o óleo trocado saímos em direção a Yungas, logo que começamos a andar neste transito louco, ficamos atrás de um caminhãozinho carregado com cabeças de porcos e couros que acredito ser de gado, coisa horrenda e fedida. Passamos ao lado do centro de La Paz e seguimos a estrada.
Visual lindo e não demorou a começarmos a ver gelo nos pico das montanhas.
Eu e o Zé abrimos um pouco na frente e quando paramos para esperar os outros notei que a água que escorria das pedras estava congelada. Lindo visual, linda paisagem, vale cada minuto e cada kilómetro.
Fomos parados em um posto de controle de narcóticos e o policial muito simpático nos perguntou para onde estávamos indo, e quando eu disse que era para Coroico e Caminho de Yungas, ele disse “-Yungas muy peligroso, muy devagar”
Um pouco mais adiante paramos novamente, mas desta vez para começar a descida do trecho de terra da Carretera de la Muerte. Neste ponto o Carioca e o Zé Glauco resolveram descer pelo asfalto, pois a moto do Zé Glauco deu um pequeno problema.
O Caminho de Yungas nada mais é que uma estradinha de terra no meio da cordilheira, que mal passa um carro, dá para imaginar como era isso antigamente quando por ali passavam caminhões, carros, ônibus e muitas vezes ao mesmo tempo em sentidos opostos. Descemos bem devagar, curtindo bastante e tirando muitas fotos, no caminho encontramos com muitos biker’s descendo a estrada de bicicleta. Uma aventura muito bacana.
A descida começou com muita neblina, mas depois o céu abriu e tudo ficou mais bonito. No começo da estrada estávamos a uns 3670 msnm e no final a pouco mais de 800 msnm, uma diferença incrível, só que para se chegar na entrada da estrada cruzamos o recorde altitude no nossa viagem até agora 4670 msnm, as motos reclamaram um pouco mas tirando a mão do acelerador a moto vai bem, o negócio é curtir o visual.
No final da descida já é possível ver o acesso para Coroico, e também tem uma pequena subida até a cidade onde logo na entrada há um posto de combustível, que aqui chamam de “Surtidor”ou “Estacion de Servicio”, lá encontramos com o Zé Glauco e o Robson.
Depois de uma verificada na moto do Zé Glauco nos preparamos para a volta, ou seja, toca subir tudo novamente para voltar a La Paz, mas agora por asfalto. Logo que pegamos a rodovia principal, nos deparamos com um bloqueio de uma obra e alguma máquina estava mexendo lá em cima e muita, mas muitas pedras mesmo rolavam pra baixo caindo na estrada.
Depois disso subimos ziguezagueando cordilheira acima.
O tempo começou a fechar e logo veio à chuva e frio, paramos para colocar as roupas de chuva e estrada novamente, estava muito frio, muita neblina, chuva. Pois isso não se tem fotos da volta de Coroico.
Já a 4000 e pouco metros altitude tinha um desvio na estrada nos obrigando a irmos pela terra por causa de obras, mas as subidas eram muito íngremes e as DR’s tiverem muita dificuldade de vencer as rampas, ainda bem que neste ponto já não chovia mais, o Guto precisou parar para retirar o filtro de ar e eu abri um pouco mais o ar e minha DR subiu muito bem. Mas quando estávamos quase saindo do trecho de terra o Robson comprou um terreninho, foi desviar de uma Van de passeio que descia em sentido contrário, neste trecho haviam muitas pedras grandes, logo depois que passou o Robson tentou desviar e acabou caindo, quase que parado, mas nada grave, o Ferro estava próximo e o ajudou a levantar a sua DR. O grupo desgarrou neste momento.
Fomos nos encontrar novamente logo após um pedágio, ainda bem que moto não paga aqui, seguimo rumo a La Paz, paramos para abastecer e descobrimos que em La Paz não abastecem estrangeiros.
Sid, respondendo sua pergunta, não é só para Brasileiro que eles não vendem combustível, eles não vendem para nenhum estrangeiro, coisa de louco. Como é que dá para se fazer turismo em um país onde a todo o momento se é explorado. Bolívia tem suas beleza mas para serem vistas apenas uma vez, aqui não volto mais. Hahahahaha
No momento estamos no mesmo hotel da noite anterior, bom, bonito e barato.
Agora irei tomar um banho e depois comerei uma Haburguesa acompanhada de uma Paceña.
Abraços.

Sábado, 10 de setembro de 2011

8º Dia La Paz/BOL a Puno/PERU – 281 km - Fotos (Clique Aqui)

Hoje saímos da Bolívia.
Acordamos cedo e como as motos já estavam abastecidas, saímos cedinho rumo ao Peru.

Rodamos um pouco e precisei parar para colocar umas luvas mais quentes, pois nem com os “Tapas manos” instalados, já no dia anterior na hora da chuva estavam dando conta do frio. O trajeto é lindo dá para ver uma boa parte da cordilheira com seus picos nevados.
Seguimos para o estreito de Tiquina para cruzar o Titicaca de balsa, e uma coisa eu vós falo, foi uma aventura e tanto.
A balsa é muito precária, a maioria delas quem pilota é um garoto de não mais de 15 anos.
Para entrar na balsa foi fácil, entra-se de frente mesmo, o problema foi sair, tem que sair de ré e não tem como manobrar a moto em cima da balsa então o jeito foi tirar uma a uma das motos no braço mesmo.
Depois de passado o sufoco seguimos para Copacabana, muito linda a cidade com sua igreja, a estradinha para chegar até lá é mais legal ainda. O Carioca ficou encantado com a estrada e suas curvas. Eu preferi ir devagar só apreciando a paisagem, coisa que não tem como descrever.
Uma coisa interessante que vimos em Copacabana é que nos finais de semana eles enfeitam os carros com flores e adornos coloridos, o padre abençoa o veículo e depois ele jogam cerveja e ou champagne no mesmo.
Fotos feitas, seguimos para a aduana, para se fazer os tramites de saída da Bolívia não se levou mais de 20 minutos para que todos os 5 já estivéssemos oficialmente fora da Bolívia, seguimos para a aduana Peruana, aí sim o bicho pegou.
A imigração foi rápida, mas a aduana das motos… Além de demorar muito para preencher os papeis com os dados da moto, um policial corrupto FDP queria a qualquer custo tomar uma grana nossa, queria US$ 100,0 cada um, disse ele que seria para inserir os dados no sistema, coisa que com muita conversa conseguimos que ele baixasse para US$ 50,00, mesmo assim o ladrão de farda levou uma grana em nossas costas. Na Bolívia fomos parados várias vezes, mas em nenhuma foi pedido ou oferecido propina. Agora já na entrada do Peru, tomamos com cinquentão.
Na aduana encontramos com Greg e Ulka, um casal polonês que está descendo para Bueno Aires desde a Guatemala com sua KTM Adventure 640, uma viagem por volta de 7 meses.
Vamos falar de coisas boas… Puno, logo que chegamos veio um rapaz, o Ravier e nos ofereceu o passeio para as Ilhas Flutuantes de Uros.
Ele mesmo já nos arranjou um estacionamento para as motos e nos levou a um local para comer um lanche de jamon (presunto).
Pegamos o último barco para as Ilhas e não poderia ser melhor, pois o visual do por do sol no Titicaca é fantástico.
Visitamos apenas uma ilha, mas já deu para se ter uma boa idéia de como vive esse povo, cuja a única forma de renda vem da pesca e venda de artesanatos.
Hoje no lago existem cerca de 40 ilhas e nelas vivem mais de 2500 pessoas, algo surreal mesmo é ver como vivem, tive a oportunidade de entrar em uma de suas casas e tirei até algumas fotos.
O por do sol foi algo que mesmo que eu tente não conseguirei descrever, melhor verem as fotos.
Voltando a terra firme um o guia do barco que também se chama Ravier nos indicou um hotel, muito bom e barato, com internet e tudo o mais e aqui o chuveiro realmente é quente… hahahah
Aqui em Puno conseguimos um hotel muito bom e por um preço que não se encontra em lugar nenhum no Brasil, então optamos por ficarmos em quartos separados.
Saímos à noite para jantar, foi o melhor jantar da viagem até agora, todos comemos trutas, a minha foi ao molho de limão, coisa fina. Hahahaha
Depois demos uma volta por Puno e um fato bem curioso é que estava tento algum tipo de apresentação em um teatro da cidade e nas ruas haviam muitos jovens com uns trajes estranhos, pareciam personagens do filme do Harry Poter, eles formavam umas rodas e ficavam cantando e tocando violão. Muito bacana…
Gostaria de agradecer a todos pelos comentários, estou lendo todos sempre que possível.
Carioquinha, Túlio, o recado foi passado.
Fatos interessantes… A moto do Zé Glauco voltou ao normal. Acho que ela não queria mais rodar na Bolívia, e pra falar a verdade… Nem eu…
Agora tentarei dormir um pouco.

Domingo, 11 de setembro de 2011

9º Dia. Puno/PERU a Ollantaytambo/PERU – 449 Km - Fotos (Clique Aqui)

Durante a noite passada foi só risada, bem em frente ao hotel estava tendo uma festa e a janela do Guto e do Ferro ficavam bem em cima da festa, resultado, o Guto não conseguiu pegar no sono, bem no meio da madrugada ele interfona em meu quarto perguntando se poderia usar meu LapTop para atualizar o blog dele, só que antes dele ligar em meu quarto ele ligou para o Zé Glauco que passou o número do quarto do Ferro, que por sua vez passou o número do quarto do Robson e aí sim o Robson passou o número de meu quarto.. hhahahah Ele acordou praticamente o hotel inteiro até descobrir o número correto de meu quarto. hahhahahaha
Na manhã seguinte como nossa intenção era chagar a Ollantaytambo no final da tarde ficou decidido que iríamos dormir um pouco mais e combinamos a saída para as 8:00 da manhã.
Depois de tomar um bom café da manhã, saímos a procura de um grifo (posto de combustível), aqui no Peru não tivemos nenhum problema com combustível até agora, em todos os lugares abastecem e o preço é o mesmo, bem contrário da Bolívia.
Rodamos bastante e a paisagem daqui é de grandes campos e alguns lugares plantações.
A estrada está relativamente boa, pegamos uns trechos com obras e em alguns lugares não há asfalto, mas as motos se comportam muito bem.
Cruzamos na estrada com algumas motos e também com uma garota sozinha de bike, e pela quantidade de bagagem, ela deveria estar pedalando já a vários dias ou semanas.
A estrada seguiu um bom tempo por um vale com picos nevados ao lado, região muito linda.
Eu estava seguindo na frente da turma e foi em uma subida que avistei as primeiras ruínas, parada para algumas fotos e seguimos viagem, infelizmente não me lembro o nome do Sitio Arqueológico que estava escrito na placa, preciso pegar o habito de tirar fotos de placas também...
Logo depois dessas ruínas entramos a direita em direção ao vale do rio Urubamba, pra mim essa foi à melhor parte de viagem até agora. A estrada segue acompanhando o rio e passa por vários vilarejos, alguns grandes, outros nem tanto. Mas o cenário é espetacular, a estrada segue no fundo do vale ao lado de montanhas enormes.
Como optamos por não ir a Cuzco antes de Machu Picchu, esse é o caminho e não poderia ser melhor.
Rodamos cerca de 140 km dentro deste vale até chegarmos aqui em Ollantaytambo, lugar mágico, cheio de ruínas nas montanhas ao redor da cidade.
Paramos as motos na praça e enquanto o pessoal descansava e telefonava para casa eu e o Ferro saímos em busca de um lugar para ficar, já que estava escurecendo.
Depois de “pechinchar”, bastante e percorrer quase 10 Hostal´s, encontramos um muito bacana e por um valor muito agradável. Se chama FullMoon,  (www.fullmoonlodgeperu.com) o proprietário é o Carlos, gente boa demais, aqui tem garagem para as motos e café da manhã.
De banho tomado, saímos para jantar um bela pizza acompanhada de algumas “Cuzquenhas”, eu experimentei o tal do Pisco Souer, como não sou muito fã de bebida destilada pra mim mais parecia uma caipirinha com ovo, hahahhah. Valeu a experiência, mas eu prefiro uma cervejinha Cuzquenha mesmo. ahahahaha
O pessoal estava um pouco cansado e voltaram para o Hostal, eu e o Ferro demos mais umas voltas pela cidade, e paramos em um pub chamado Ganso, onde conhecemos um rapaz que fazem 7 meses que está aqui, ele veio de uma ilha próximo a Austrália, está trabalhando para juntar um grana para conhecer Machu Picchu, fora um tiozinho que estava um “pouquinho” só bêbado e insistia para que guardássemos as 7 motos na casa dele.. ahhahah. Isso porque são só 5 motos e nós naquele momento, estávamos a pé... hahahhaha Cada figura.
Alguns me perguntaram pelo blog e via e-mail como estão as motos? Como está o relacionamento em grupo? Como está nossa alimentação e nossa saúde? Pois bem...
As motos estão perfeitas, viemos até aqui sem nenhum problema grave, nem pneu furado teve.
O relacionamento em grupo não poderia ser melhor, todos tem a mesma tocada na estrada e pensamos de mesma forma, e as noites, só risadas relembrando os acontecimentos do dia e “discutindo” o que faremos no dia seguinte. O grupo está perfeito, não poderia ser melhor.
Deixo aqui meu agradecimento aos amigos que acreditaram em meu projeto e embarcaram nessa viagem comigo. Valeu... Agradeço também a todos que estão postando comentários e nos mandando aquela energia positiva.
Quanto à saúde, todos estão ótimos, ninguém sofreu com a altitude, frio, calor ou qualquer outra coisa. O pessoal está 100%.
Nossa alimentação está sendo da seguinte forma, procuramos tomar um bom café da manhã, quando possível, o almoço é coisa rápida, um lanchinho a beira de estrada mesmo pão, bolachas, refrigerante, chocolates. E no jantar estamos procurando caprichar, e comemos bem.
Acho que é isso, até mais...

Segunda-feira, 12 de setembro de 2011

10º Dia. Ollantaytambo/PERU – 0 Km - Fotos (Clique Aqui)

Acordamos cedo e nos preparamos para seguir para Santa Teresa, mas tudo acabou mudando...
Enquanto eu e o Ferro, estava tomando o café da manhã, o Robson, Zé Glauco e Guto foram dar um pesquisada na cidade sobre passeios a Machu Picchu saindo daqui de Ollantaytambo, conseguiram um preço muito bacana e com a ajuda dos amigos, decidimos mudar um pouco o trajeto e ficar por aqui mesmo, afinal este lugar é lindo e merece uma visita mais detalhada.
Fizemos a reserva para visitar Machu Picchu e enquanto o pessoal foi até a cidade de Urubamba para pagar as taxas de visitas em um banco fiquei no Hostal atualizando o blog e depois foi dar uma volta na cidade para procurar o que comer e tirar algumas fotos.
No momento em que cheguei à praça encontrei com o pessoal que já retornara da Urubamba, fomos comer em um restaurante bacana por um preço melhor ainda, comi alpaca, muito bom.
O Robson retornou ao Hostal para dar uma cochilada, eu e o restante do bando seguimos pra as ruínas mas acabamos não visitando pois o preço é mais caro que para visitar Machu Picchu.
Acabamos parando em uma feira de artesanatos, compramos alguma lembranças para levar para casa.
Compras feitas, sentamos em uma butequinho para tomar uma Cuzqueña, visual maravilhoso, lugar perfeito para uma gelada. hahahahahaha
Retornando ao Hostal recebemos uma dica de que existia logo atrás de onde estávamos hospedados, próximo a linha férrea, umas ruínas que não se pagava para visitar, para lá fomos eu e o Ferro com lanternas nas mãos já que estava escurecendo,retornamos seguindo a linha do trem.
Reencontramos a turma e fomos jantar, comi uma lasanha, baratim, baratim, como dizem os mineiros. Hahhaha
Agora só dormir, pois amanhã, Machu Picchu.

Terça-feira, 13 de setembro de 2011

11º Dia. Machu Picchu/PERU – 0 Km - Fotos (Clique Aqui)

Acordamos cedo e não tomamos café, já que o mesmo seria servido no trem para Machu Picchu.
O trem estava quase vazio, apenas nós e mais uma meia dúzia de pessoas, sentamos em bancos separados para curtir a paisagem, que é de deixar qualquer um de boca aberta.
Como eu nunca tinha andado de trem, pra mim foi um viagem fantástica.
Aquele visual, o trem, a emoção de estar tão próximo de realizar um sonho de anos de planejamento, além de todas as dificuldades enfrentadas para se chegar até aqui.
Tudo isso junto foi dando uma saudade de casa, saudades da esposa Ana, do pequeno Nícolas, foi dando um nó na garganta os “zóio” encheu de água.............. emoção controlada, sigo.
Tomamos o cafézinho da manhã e pela primeira vez na viagem tomei CAFÉÉÉÉÉ, quem me conhece sabe como gosto de café. Tomar café pra mim é mais que uma necessidade. hahahahah
Chegando a Águas Calientes, trocamos os boletos pagos pelas entradas de Machu Picchu, compramos as passagens do ônibus que sobe até lá e borá pras ruínas.
Machu Picchu, nem sei o que falar lugar mágico, optamos por não contratar um guia assim ficaríamos mais livres para circular por lá, e quando queríamos saber o que era alguma coisa era só chegar perto de um grupo e ouvir a explicação do guia alheio. Ahahhahaha Economizamos 100 soles com guias. Jeitinho brasileiro. Hahahahahha
Andamos bastantes tirei muitas, mas muitas fotos mesmo. Não consegui subir a Waynapicchu, pois agora é pago a subida e teria que comprar o ticket antes, (essa informação eu não tinha), e também porque já tinha atingido o limite de 400 pessoas/dia.
Procurei mostrar nas fotos o que geralmente não se vê de Machu Picchu e lógico as clássicas.
Quase no final de nossa visita fomos, brindados com uma leve chuva. Veio para abençoar o passeio.
Retornando de trem para Ollantaytambo, em alguns momentos os trilhos se dividem para que outro trem possa cruzar sentido contrário. Em uma dessas paradas um grupo de 4 garotinhos com no máximo 6 anos correu para perto de trem e fizeram sinal de pedir comida, apontando para a boca.
Não pensei duas vezes, peguei minhas bolachas que tinha guardado para comer depois e joguei pela janela, bem na hora em que a “trem-moça” disse que não se podia jogar nada pelas janelas. Eu agi mais com o coração do que com a razão, pois sei que é perigoso crianças muito próximas ao trem. Mas imagino que algumas guloseimas como um simples pacote de bolachas recheada seja um luxo para aquelas crianças. Se fiz algo errado?!?!? Não sei; mas não envergonho do que fiz e nem de ter tomado bronca da “trem-moça”. hahahahaha
No momento estou no hostal, hoje comeremos uns lanches que prepararemos por aqui mesmo. Amanhã subiremos para Cuzco.
Abraços do cara mais feliz do mundo.

Quarta-feira, 14 de setembro de 2011

12º Dia. Ollantaytambo/PERU a Cuzco/PERU – 75,9 Km - Fotos (Clique Aqui)

Hoje acordamos um pouco tarde pois no objetivo é chegar a Cusco.
Mas na hora de dar a partida na minha DR...... xiiiiii, nada. Nem sinal.
Desmontar aqui desmonta lá, meche aqui e acolá e nada, puxamos carga da bateria da moto do Guto e depois de muita briga minha DR ligou.
Bóra pra estrada e sem desligar a DR senão já viu né. E também porque teria que dar uma boa carga na bateria.
Chegando a Cusco depois de 70 e poucos kilómetros, em uma das descidas desliguei minha moto e tentei fazê-la funcionar, nada, ainda em movimento dei um tranco e continuei.
Chegando a Cusco paramos na Plaza de Armas, o Ferro e o Guto foram atrás de um lugar para ficar, acharam um hostal muito bacana, por um precinho agradável.
Motos guardadas, sai para procurar uma bateria para a DR, pois a minha morreu. Foi difícil achar até quem testasse a bateria, mas achei, o senhorzinho disse que iria dar uma carga e era pra voltar depois. As 15:00 hora local fui busca a bateria e fui informado que ela está boa não tem nada, acabei não comprando uma bateria nova, quero fazer mais alguns teste com essa bateria velha mesmo, vai que.
--- Gostaria de agradecer a todos os amigos do Clube DR800 e Clube Big Trails pelas dicas e sugestões quanto a bateria, principalmente ao Severiano da Moto Storm em São Paulo capital que estava de prontidão no celular para ajudar. Valeu irmão---
Eu e o Ferro almoçamos hoje em um lugar bem típico e com comidas regionais, foi o almoço mais barato de toda a viagem até agora. Comi truta novamente e por 8 soles.
Enquanto o povo dormia no final da tarde depois de uma chuva de granizo, fui a Plaza de Armas para tirar umas fotos e me deparei com uma procissão religiosa, religiosidade é um ponto muito forte por aqui.
A noite foi algo bem engraçado, pois estamos em Cusco, fomos em um restaurante Chinês para comer comida Italiana, ahahahhahaha. Isso é que é globalização. Também o jantar mais barato da viagem.
Amanhã é o dia do racha, dia em que o grupo irá se dividir, Guto, Robson e Zé Glauco, voltaram para o Brasil pelo Acre, pela rodovia do pacífico, enquanto eu e o Ferro estamos voltando pelo RS.
Agora vamos dar umas voltas pela cidade para conhecer e tirar umas fotos.

Quinta-feira, 15 de setembro de 2011

13º Dia. Cuzco/PERU – 0 Km - Fotos (Clique Aqui)

Acordei cedo para me despedir dos amigos Guto, Zé Glauco e Robson, eles começam a retornar ao Brasil hoje e também para testar a bateria que foi dada uma carga.
O pessoal arrumou as coisas subiram nas motos e foram embora eles irão fazer muita falta nesse restante da viagem. Amigos, que façam um bom retorno para casa.
A noite eu vi uma postagem que o Guto colocou no blog dele que dizia assim: “Para se conhecer um amigo, é preciso comer um pires de sal juntos, mas nós comemos um balde de sal e saímos dando risada”. Realmente Guto, o grupo foi perfeito, nenhum tipo desentendimento, nada. Os amigos farão muita falta mesmo.
Voltando a bateria de minha DR. Fui fazer mais alguns testes e nada a bateria morreu mesmo.
Então eu e o Ferro descemos até Wanchaq que é onde tem as únicas lojas de motos de região, mas quem disse que eu encontrei a bateria para a DR, acabei comprando uma um pouco maior em dimensões, mas que atende a DR, só que até ativar a bateria e dar uma carga inicial vai demorar um pouco, só as 16:00 horas, então mais um dia em Cuzco.
Tiramos à tarde para caminhar pela cidade e conhecer um pouco mais da Capital do Império Inka.
A tarde fui buscar a bateria e adaptei na DR, ficou perfeito e a motoca já está funcionando novamente, amanhã cedo partiremos para Nazca.
Agora a noite saímos para comer alguma coisa e curtir a última noite de Cuzco.

Sexta-feira, 16 de setembro de 2011

14º Dia. Cuzco/PERU a Puquio/PERU –494 Km - Fotos (Clique Aqui)

Acordamos cedo, arrumamos as bagagens nas motos, fizemos uma revisada rápida, óleo na corrente e borá pra estrada.
Tocamos até Abancay por uma estrada linda que segue por dentro de um vale seguindo um rio, muita curva, muitos bichos na pista e muitos animais ao volante. Hahahaha
Em uma das curva em “U” uma carreta estava praticamente na contra-mão. O FDP estava totalmente com a carreta na pista oposta nos obrigando a passar pela faixa branca que separa a rodovia do “acostamento”, que aqui não tem mais que meio metro. Foi um baita susto, mas a perícia dos pilotos falou mais forte. Hahahaha
Em outro momento estava ultrapassando outra carreta com um enorme trator em cima e quando eu estava ao lado da carreta o animal ao volante jogou a carreta em cima de mim, mais uma vez a perícia e o reflexo falou mais alto, hahahahah. Mas nessa ultrapassagem aconteceu uma coisa muito engraçada, pois havia próximo ao acostamento uma espécie de cachoeira e adivinha por onde passei, isso mesmo bem em baixo da queda d’água, pensei que água estivesse gelada, mas para minha surpresa a água estava muito, mas muito quente mesmo, deve ser de alguma fonte termal acredito eu.
Nossa meta hoje era Nazca mas, decidimos parar em Puquio já que estava escurecendo e também muito frio. A viagem não rendeu muito em quilometragem, a estrada é só subida e descida com muitas, mas muitas curvas mesmo. Mas rendeu em beleza com paisagens fantásticas.
Estamos em um hotel muito bacana e por um preço mínimo o melhor da viagem até agora.
Agora vou sair para comer uma pizza, segundo nos disseram a mesma custa 8 soles. Quase de graça.
Amanhã o objetivo é Puerto Inka ou algo mais a frente.
Abraços.

Sábado, 17 de setembro de 2011

15º Dia. Puquio/PERU a Atico/PERU – 430 Km - Fotos (Clique Aqui)

Saímos de Puquio logo bem cedinho e toca subir cordilheira novamente, muito frio, 8ºC e muitas curvas.
O visual da cordilheira quase chegando a Nazca é lindo demais, muitas montanhas todas coloridas e a estrada é fantástica, bem no alto da cordilheira, na estrada havia um caminhão incendiado, deve ter pego fogo durante a noite.
Já em Nazca demos uma volta pela praça para conhecer a cidade, estava quente demais, por volta de 30º e seguimos para o aeroporto para tentar conhecer as linhas de Nazca.
Quase fomos assaltados em Nazca, ahahah. O preço para se conhecer as linhas é mais caro que a entrada para as ruínas de Machu Picchu, queriam nos cobrar US$ 180 dólares mais as taxas de embarque para subirmos em um teco-teco e ver uns “rabiscos” na areia. Hahahah Deixa quieto. Com US$ 180 dólares passo uma semana no Peru e outra, Nazca não estava em meus planos mesmo, só passamos por lá pois estamos um pouco atrasados no cronograma e por Nazca conseguimos desenvolver bem a viagem. Fora o visual.
Logo depois de Nazca começou o deserto, pessoal, que contraste... É muita areia mesmo...hahhaha. Foram muitas paradas para fotos.
Andamos mais algumas dezenas de quilômetros e logo tivemos a primeira visão do Oceano Pacífico, a segunda etapa de minha viagem está completa. A primeira foi chegar a Machu Picchu, a segunda foi chegar ao Oceano Pacífico de moto, cruzar parte do continente de moto pra mim foi uma emoção muito grande chegar até aqui. Começamos a descida e a volta para casa. Mas ainda tem muito chão pela frente.
Pouco antes de chegarmos a Puerto Inka, havia uma carreta tombada na pista, acho que o motorista não conseguiu fazer a curva e tombou. Estava carregada com um grupo gerador.
O tempo antes de Puerto Inka havia mudados bastante, estava nublado e frio. E bota nublado nisso.
Puerto Inka é um balneário entre o mar e o deserto, o lugar é lindo foi uma pena que o tempo estava super fechado e um pouco frio, fiquei imaginando aquele lugar no verão com um sol forte...
De volta para a estrada tocamos para Chala, pois ainda era muito cedo para parar, antes de Chala encontramos um Oasis no deserto, um vilarejo que acompanha o rio e muito verde em volta, um contraste incrível, entre o deserto e o oceano.
Seguindo na estrada o tempo fechou de vez, mas não choveu, apenas uma maresia que mais parecia uma neblina e muito vento que às vezes precisávamos andar com as motos bem inclinadas, vento e areia não é um combinação muito legal, em alguns trechos nem dava para ver o asfalto de tanta areia voando com o vento.
Em uma das curvas outra carreta tombada, pelo que tudo indicava no local do acidente, a carreta perdeu o freio atravessou a pista, bateu no barranco e tombou.
Em Chala abastecemos e tocamos mais uns 90 Km até Atico onde estamos agora, lugar feio, praticamente uma parada para caminhoneiros, saímos para jantar e nada de restaurante que desse alguma confiança para comermos, tudo muito sujo, higiene zero. Acabamos comprando umas coisas industrializadas em um padaria e pronto essa é nossa janta de hoje. Isso sem dizer que está uma garoa fina e fria, melhor ficar no quarto atualizando o blog. Lá fora não tem nada mesmo.
Achamos um hostal muito bacana, barato e com internet.
Amanhã sairemos cedinho tentaremos entrar no Chile, espero que dê tudo certo. E tudo continue 100% como foi até agora.
Mais uma vez obrigado aos amigos que estão nos acompanhando e postando comentários, vocês não imaginam a força que isso nos dá.
Abraços.

Domingo, 18 de setembro de 2011

16º Dia. Atico/PERU a Moquegua/PERU– 537 Km - Fotos (Clique Aqui)

Saímos cedo de Atico, abastecemos as motos e caímos na estrada, nosso objetivo era o Chile, digo era pois não conseguimos chegar.
Logo depois que saímos de Atico seguimos a estrada que margeia o Pacífico, de um lado o oceano de outro grandes montanhas, é necessário muita atenção, qualquer descuido é morte certa. Ou se tromba com um caminhão de frente ou cai no precipício, direto nas pedreiras do oceano. O tempo nesse trecho estava muito fechado e frio.
Em uma das curvas vi um caminhão descarregando alguns cabos de aço na beira do precipício e imaginei que deveria ter alguma coisa lá embaixo que estariam querendo resgatar. Dito e feito, algumas curvas a frente paramos e pude avistar que lá embaixo tinha algo que se parecia com o resto de uma carreta que despencou, só espero que o motorista tenha conseguido pular da cabine antes da queda.
Em Camana abastecemos as motos novamente e tocamos para Arequipa, na subida muita neblina e depois o tempo começou a esquentar, a temperatura chegou a 30ºC.
Entramos em Arequipa desviando quase 80 Km da via principal, precisávamos comer algo e também, achar um caixa ATM para sacar uma graninha. Aproveitamos e fizemos um tour pela cidade, que por sinal é uma cidade muito grande e bonita.
De volta à estrada seguimos para Moquegua, e na descida a temperatura despencou novamente chegando a 12ºC.
Passamos por um longo trecho de uma área militarizada onde não se é permitido tirar fotos, tem vários avisos na estrada, eu não quis arriscar não, apesar de não ter ninguém por perto. Foi uma pena, a região ali é linda, um deserto vermelho e só ha a estrada que corta o mesmo.
Nesse trecho acho que foi a maior reta da viagem 65 km de uma única reta, coisa de louco.
Passamos por vários túneis escavados na própria rocha e faltando 20 km para Moquegua começou a escurecer e decidimos por unanimidade, só estamos em 2 hahahha,  que ficaríamos em Moquegua mesmo por questões óbvias, nada de rodar a noite por países estranhos, principalmente próximo a fronteiras. Então ainda faltam aproximadamente 160 Km para o Chile.
Demos algumas voltas atrás de hostal com garagem e por incrível que pareça só tem 3 na cidade, ficamos no mais barato.
Mas antes de fazermos o check-in demos uma volta atrás de algo para comer, acabamos em um pizzaria.
Amanhã sim é Chile e se tudo correr bem, antes do almoço.
Abraços.

Segunda-feira, 19 de setembro de 2011

17º Dia. Moquegua/PERU a Pozo Almonte/CHILE – 481 Km - Fotos (Clique Aqui)

Acordamos cedo tomamos café no próprio hotel e saimos, no posto onde abastecemos as motos conhecemos um caminhoneiro gente boa pra caramba, ele está se mudando para a Bolívia para montar um restaurante em La Paz, boa sorte amigo, uma pena eu não lembrar seu nome, adesivos devidamente colados no escritório do posto, enrolamos os cabos para Tacna.
Em Tacna jogo rápido, abastecemos as motos novamente, pois a gasolina do último abastecimento não rendeu nada, média 13 km/litro, eita gasolininha ruim.
Mais 40 km e chegamos à aduana Peruana, saída rapidinha, e tocamos para entrar no Chile, papelada preenchida, passaporte assinado, aí vem um carinha e diz, “- Tem que tirar tudo da moto para passar no raio X” ahhahahahah. Minha bagagem está uma zona desde que saímos do Brasil, tudo em sacolinhas, sacola pra meia, limpa, meia suja, cueca limpa, cueca suja, sacola com calça, camisa, peças, ferramentas e por aí vai... Aí peguei um saco grande que trouxe e comecei a jogar as sacolinhas todas para dentro do saco para levar para o Raio X, o mesmo carinha viu e resolver dar uma olhada somente por cima, já que provavelmente eu demoraria o dia todo ali.. ahahahaahah. Só passei no raio X, uma mochila com umas tranqueiras e um par de tênis, o Camel Back com água e o bauleto com o laptop e algumas ferramentas.
Mas parabéns pelo ótimo atendimento, educação e simpatia. Os funcionários do Peru e da Bolívia deveriam fazer um estágio com os Chilenos pare ver se aprendem algo. Tudo resolvido seguimos para Arica, cidade grande, muito bonita e no caminho vimos muitas, mas muitas bandeiras mesmo e por ser uma segunda-feira eu estava estranhando alguns comércios fechados e muita gente nas ruas, parques e praças, aí quando fomos abastecer descobri que hoje é feriado aqui, dia de Independência Chilena, VIVA CHILE....
Comemos um salgado e com as motos abastecidas saímos em direção a Pozo Almonte, sem antes é claro, de eu quase atropelar um pelicano, isso mesmo, um pelicano. Baita bicho grande.
O danado estava fazendo um boquinha em uma banca de peixe no outro lado da avenida beira-mar e quando estava passando com a moto, o bicho resolveu levantar vôo em direção ao mar; você já viu um pelicano levantando vôo, bichão desengonçado, passou a meio metro de mim e da moto, quase tomei uma “pelicanada”.
Pozo Almonte está localizada a 267 km distante de Arica, para a DR tudo bem, mas para a XT isso é um problema, com aquele micro tanque de combustível, foi preciso parar no meio do caminho para colocar a gasolina reserva.
Região linda, com paisagens maravilhosas a cada curva, o que estraga um pouco é o lixo que jogam dos carros, o deserto está cheiro de garrafas de plásticos e muito mais lixo de todos os tipos. O pessoal aqui no Chile e no Peru tem um costuminho meio FDP de porco, pelo que tenho percebido, eles costumam queimar pneus velhos no deserto e às vezes na estrada mesmo, é incrível a quantidade de placas proibindo tal prática.
Para chegar até aqui passamos por três quebradas que é um tipo de vale, cada um com sua beleza e paisagens belíssimas.
Pozo Almonte, é uma cidadezinha charmosa, bem no meio do deserto, se parece aquelas cidades de filmes de faroeste com casinhas coloridas de madeiras à beira da estrada.
Encontramos um hostal super bacana, barato e com garagem, só estamos nós dois hospedados aqui e o proprietário é um senhor muito atencioso e prestativo.
Saímos para comer e jantamos um delicioso prato com arroz, bife, batatas, ovo frio e salada, coisa rara por aqui. Esta foi a refeição que mais lembrou o Brasil. Tomamos uma cerveja local de litro chamada Escudo, muito boa até.
Amanhã sairemos para conhecer Humberstone “A cidade fantasma” e depois seguiremos para o deserto onde devemos passar a noite acampados.
Abraços, e até mais breve.

Terça-feira, 20 de setembro de 2011

18º Dia. Pozo Almonte/CHILE a Ollague/CHILE  – 248 Km - Fotos (Clique Aqui)

Acordamos cedinho e sem café da manhã mesmo seguimos para Humberstone, cidade declarada em 2005 patrimônio mundial da humanidade pela UNESCO.
A cidade foi criada em 1862 para a extração de salitre e em 1960 foi paralisada suas operações. Toda a população da cidade foi embora deixando uma cidade enorme para trás, algumas partes da cidade achei meio que fantasmagórica e o ambiente é meio carregado. Um clima meio pesado, mais vale muito o passeio, a cidade tem tudo ainda, casa, escola, hospital, teatro, igreja, oficinas de manutenções das fábricas, as fábricas, oficina de manutenção das locomotivas a vapor, usina de energia elétrica, etc, etc, etc...
O único problema é que nem todos os visitantes respeitam os lugares visitados, nas habitações e outros demais prédios existem muitas, mas muitas pichações mesmo, uma falta de respeito e educação, acho que as visitas deveriam ser monitoras e guiadas para não existem este tipo de depredação, deixem que o tempo de fim ao lugar e não os vândalos.
Saindo de Humberstone voltamos a Pozo Almonte para comermos algo, trocar o óleo das motos, abastecer, inclusive os tanques reservas, pois já tínhamos a informação que combustível só em Calama, mas o caminho que escolhemos para chegar até lá é que foi um pouco diferente. E também para o Ferro trocar o pneu da XT...
Infelizmente optamos por não ir ao Salar de Uyuni, por motivos óbvios, na Bolívia há uma dificuldade muito grande em se comprar combustível e o caminho que escolhemos não há nada e também que tínhamos informações que a temperatura a noite cai abaixo de -15ºC. Então, alteramos nosso roteiro, escolhemos um lugar mais inóspito ainda, muito mais deserto e também passando por salares.
Saimos de Pozo Almonte ao 12:00 hora local e começamos a subir a cordilheira. Visual lindo tocada de leve para economizar combustível algumas paradas para fotos. E de repente em uma reta vejo um carro da policia na contra mão dando sinal de luz alto nos mandando sair para o acostamento, paramos as motos, mas a policia foi embora... Estranho!?!?!? Que nada... Logo abaixo foi surgindo 4 carretas carregadas com uma pá carregadeira e 3 caçambas de caminhões usados em minas de minério, coisa gigante. Precisamos colocar as motos para fora do acostamento, pois a carga era tão grande que ocupava as duas faixas e os dois acostamentos. Eu tirando fotos das carretas e o motorista de uma das carretas tirando fotos de nós. Ahahhahaha
Voltamos para a estrada, subimos mais um pouco e nos deparamos com uma cancela fechando a estrada, ali é a entrada da segunda maior mina de mineiro do Chile a Collahuasi, onde se trabalham mais de 100.000 (cem mil) pessoas, com turno de 7 dias de trabalho por 7 de descanso. Fomos impedidos de continuar pela rodovia já que a partir dali a rodovia é de uso exclusivo da mineradora, pode!.?!.?!
Aí voltamos uns 30 metros e fomos até as polícia Carabineira para conseguir alguma informação de onde seguir ou se teríamos que voltar para Pozo Almonte. Aí é que começa a parte legal... Os policias Carabineiros, começaram a perguntar sobre a viagem, de onde vínhamos, para onde iríamos, o que fazemos no Brasil, mas não como um interrogatório e sim por curiosidade, nos indicaram um caminho por terra, 84 km e quando estávamos quase saindo de volta a estrada nos convidaram para entrar em seus alojamentos para tomarmos um café, e dá-lhes perguntas sobre a viagem, curiosidades, muitas risadas, aí chegou o café, bolachas, biscoitos, manteiga, etc... Nunca tive um tratamento assim no Brasil pela polícia Brasileira, os Carabineiros estão ali porque amam o que fazem, são pessoas boas demais.
De volta para a estrada para concluir os 80 km até Ollague, coisa de uma hora e pouco né? Que nada... Levamos quase 5 horas para concluir esse trecho, muita areia e muitas pedras.
Quase, eu disse quase viu Alex, vária aquisições de terrenos, mas nada... A perícias dos pilotos ajudou um pouco. Ahahahha
Bem no alto da cordilheira chegamos as Ruinas de YUMA a 4401 msnm, já existem algumas cabanas onde passaríamos a noite, mas achamos melhor não, dentro de um das cabanas tinha uma pedra de gelo enorme, ainda tinha sol e a temperatura marcava 4,5ºC, e ventava muito.
Acho que a decisão de não ficar ali foi à coisa mais sensata de nossas vidas à noite ali a temperatura deve chegar por volta de -15ºC.
Começamos a descer em direção a Ollague a minha DR deu um probleminha, que foi logo resolvido coisa de 10 minutos perdidos.
Começou a escurecer, a esfriar e o terreno a piorar, mas aí faltando 20 km já se dava para avistar as luzes de Ollague um vilarejo minúsculo no meio dos Andes.
Em certo momento paramos as motos, desligamos e apagamos tudo, que sensação.... Um breu total, um silêncio que chegava a doer os ouvidos... hahahaah. Não se via nada, não se ouvia nada, somente aquele tapete de estrelas no céu, dava até para sentir a presença das imponentes montanhas ao nosso lado.
Motores ligados, borá descer.... Chegando bem, próximo a Ollague a cidade sumiu... As luzes se apagaram e só encontramos a cidade pelo GPS. Depois descobrimos que a eletricidade vem de um único gerador que acabara de dar problema.
Perguntamos novamente ao Carabineiros sobre um local para passar a noite, achamos a pousada, e depois que voltou a eletricidade tomamos um banho e fomos preparar nossa jantar, comida liofilizada, ainda bem que tínhamos pois ali no vilarejo não se tem nada.

Quarta-feira, 21 de setembro de 2011

19º Dia. Ollague/CHILE a San Pedro de Atacama/CHILE – 310 Km - Fotos (Clique Aqui)

Acordei cedinho e percebi que estava muito frio.
Sai para conferir na moto e o termômetro marcava -8,8ºC, isso as 7:30 da manhã.
Tomamos um café da manhã, arrumamos nossa bagagem e saímos em direção a Calama.
Saímos margeando a fronteira com a Bolívia e passamos por alguns salares, em um deles havia flamingos, parei para fotos é claro, lugar lindo demais.
Depois de uns 150 Km de terra, achamos o asfalto novamente em mais 50 km estávamos em Calama, abastecemos demos um trato nas correntes das motos, comemos um pizza e tocamos para San Pedro de Atacama.
No caminho para San Pedro, resolvemos ir visitar o Valle de La Luna, mas....
Já vimos tantas coisas muito mais belas nesses últimos 18 dias e já vivemos tantas experiências que o Valle de La Luna não teve a menor graça. Achei fraquinho demais, não se tem nada para ver. Mas valeu pelo passeio.
Já em San Pedro, depois de muito procurar achamos um hostal baratinho e com internet.
Saímos para jantar, comida barata e boa.
Amanhã devemos ficar por aqui para alguns passeios, cuidar das motos e no dia seguinte seguiremos para a Argentina.
Abraços.

Quinta-feira, 22 de setembro de 2011

20º Dia. San Pedro de Atacama/CHILE  – 0 Km - Fotos (Clique Aqui)

Hoje seria para irmos para a Argentina, mas resolvemos ficar mais um dia em San Pedro, aproveitaremos para descansar e dar um trato nas motocas, pois nos últimos 2 dias judiamos bastante das máquinas.
Mais a tarde fomos lanchar e comi um lanche muito bom, hambúrguer, alface, tomate e abacate, tudo isso acompanhado de maionese, ahahahaha.
Andei observando os telhados por aqui, tudo de barro, aqui não deve chover muito não.
A noite dando umas voltas pela cidade reencontramos o Ailton, um paulistano que está viajando sozinho com sua Ducatti Multstrada, gente muito boa tomamos umas geladas juntos e nos despedimos pois no dia seguinte cedinho pretendemos cruzar a aduana e seguir pelo Paso Jama para a Argentina e o Ailton irá conhecer os gêiser Del Tatio.

Sexta-feira, 23 de setembro de 2011

21º Dia. San Pedro de Atacama/CHILE a San Salvador de Jujuy/ARGENTINA – 480 Km - Fotos (Clique Aqui)

Saímos um pouco cedo, mas a aduana só abriria as 8:00, passamos no posto, abastecemos as motos e quando chegamos na aduana...... Tinha um fila com mais ou menos umas 80 pessoas. Aí pensei, danou-se...
Mas daqui a pouco umas 50 pessoas saíram da fila, pois haviam liberado um ônibus todo e o povo foi embora. Aí sim, beleza...
Depois dos passaportes carimbados e toda a burocracia feita estávamos quase saindo com as motos, nisso aparece um brasileiro com uma BMW, o André da Pró Moto, gente boa, batemos um papo rápido e tiramos algumas fotos; ele gostou de ver as motos com adesivos da Pró Moto, coisa do Guto de Ouro Fino... hahhaaha Valeu Mineiro.
Paso Jama, eita lugarzinho frio, o Ferro passou apertado com o frio, parou duas vezes para colocar mais roupas, eu segui mais tranquilo, aí sim eu vi que a carenagem da DR faz uma diferença enorme.
Durante quase toda a travessia do paso tem muitos campos com muito, mas muito gelo mesmo. A temperatura variava de 1º a 2,5º, em certo momento tinha gelo dos dois lados da estrada, foi como passar com a moto por dentro de um freezer, em um instante a temperatura despencou para 0,6ºC.
Um pouco mais a frente tinha uma carreta cegonha, que tinha sofrido um acidente, todos os carros que estava sobre a carreta estavam destruídos e abandonados lá no alto da cordilheira, acredito que o resgate dos carros não compensa por causa dos custos então abandonaram por lá.
Mais um tanto de kilómetros andados chegamos à fronteira e aduana Argentina, pensei que o negócio ali fosse complicar, mas que nada, foi a aduana mais rápida da viagem demoramos coisa de 15 minutinhos e já estávamos legalmente na Argentina.
No caminho para San Salvador de Jujuy, passamos por um salar enorme e também por uma estradinha que descia a cordilheira foi fantástico, lembrou muito Serra do Rio do Rastro.
Logo muito mais abaixo avistamos um vale lindo e com muitos cactos. Muitos passando fácil de 4 metros de altura. Só para lembrar, esses cactos crescem em média de 1 cm por ano. Calcula aí a idade da planta, sei lá se isso é planta. Ahhahaahah
Chegamos a San Salvador e no caminho cruzamos com um enorme grupo de motos sendo escoltados por policiais e tudo.
Rodamos muito pela cidade para achar um hotel, depois do check-in no muquifo saímos para procurar o que comer e também para procurar um caixa eletrônico para conseguir uma moeda local. Pois já estávamos na Argentina e a moeda mudou, pela quarta vez na viagem.
Próximo a uma praça começamos a ver uma movimentação enorme. É a comemoração pela chegada da primavera, uma festa enorme, com direito a muitos carros alegóricos e tudo o mais, lembrou em muito o nosso carnaval, muito bacana mesmo.
Demos mais umas voltas pela cidade e voltamos ao hotel.

Sábado, 24 de setembro de 2011

22º Dia. San Salvador de Jujuy/ARGENTINA a Corrientes/ARGENTINA – 905 Km - Sem fotos este dia.

Hoje é dia de encarar os Chacos Argentinos, pensa em uma Estrada chata, é tão chata e não tem nada de legal para ver que nem tirei a máquina fotográfica do bauleto para tirar fotos, é o primeiro dia da viagem que não tirei nenhuma foto.
E borá rodar e rodar em nenhuma mudança no visual, mas uma coisa muito boa aconteceu é claro...
Em uma das paradas para abastecer via algumas motos no posto e quando cheguei mais próximo vi que uma das motos carregava a bandeira do Brasil no bauleto.
Brasileiros, maravilha... Aí sim... Emendamos uma excelente conversa que durou por volta de uma hora, um pessoal muito gente boa de Belo Horizonte e Vitória/ES que também estão voltando ao Brasil depois de dias rodando por Uruguai, Argentina, Chile. Trocamos uns adesivos nos desejamos mutuamente boa viagem e caímos na estrada novamente. Valeu pessoal, boa viagem e até mais...
Chegamos a Corrientes por volta de 21:00 hrs e fomos direto para um restaurante e depois de comer bem saímos a procura de um lugar para passar a noite.
Rodamos vários hotéis e todos lotados, nos cassinos da cidade estava sendo realizado um torneiro de poker e também havia 2 convenções na cidade, por isso a lotação nos hotéis.
Quando estávamos vendo mais um hotel, quem avistamos???? O Ailton, o paulistano da Ducatti, esse negócio de estradas é interessante, encontramos o amigo 2 dias depois e em um país diferente, tendo o mesmo problema em achar hotel como a gente. Hahahaha
Recebi a dica que fora do centro da cidade encontraria vagas, dito e feito, achamos um hotel bacana e por um preço também muito bom.
Corrientes, cidade grande, bonita e muito bem estruturada, mas prefiro chama-la de CUrrientes, como pode uma cidade como essa ninguém aceitar cartão em quase lugar algum, os bancos e caixa eletrônico na maioria não funcionam, custou para acharmos um local para sacar uns trocados, senão não teríamos como pagar nem a hospedagem.
Fora esses inconvenientes o restante foi perfeito.

Domingo, 25 de setembro de 2011

23º Dia. Corrientes/ARGENTINA a Foz do Iguaçu/BRASIL – 676 Km - Fotos (Clique Aqui)

Acordamos cedo e fomos tomar o mísero café da manhã do hotel. Aí aparece o amigo Ailton para tomarmos café juntos. Mas como ele queria chegar a SP naquele mesmo dia, saiu rapidinho.
Nós, ainda saímos atrás de um banco funcionando, o hotel também não aceitava cartão. Que merlin.....
Durante quase todo o trajeto a paisagem não mudou muito não, o mesmo tipo de vegetação as mesmas paisagens. O negócio foi enrolar o cabo para sair logo da Argentina.
No final da tarde estávamos chegando a Puerto Iguaçu a última cidade da Argentina e minutos depois já estávamos entrando no Brasil, eita que saudades. Hahahahha
Fomos até um posto de combustível de onde ligamos para o Papito, amigo de Foz do Iguaçu. Mas o Papito tinha esquecido o celular na casa de um amigo dele, o Jeovar, que em 15 minutos apareceu no posto e nos levou até a casa do Papito.
Cara, que recepção.... Papito e família estão de parabéns.

Segunda-feira, 26 de setembro de 2011

24º Dia. Foz do Iguaçu/PR – 0 Km. Dia de turista - Fotos (Clique Aqui)

Como o título do post mesmo diz, hoje foi um dia de turista. Antes mesmo do Papito sair para o trabalho pegamos as motos e seguimos para as cataratas.
Eita lugar bonito, acho que todo o brasileiro deveria conhecer, pois é um dos principais cartões postais do Brasil. Melhor do que tentar explicar é só vendo as fotos mesmo e para quem não conhece tentar imaginar a grandiosidade das quedas.
Saindo das cataratas por volta da hora do almoço seguimos para a Argentina, é isso mesmo Argentina. Estava com saudades. Hahahahahah Brincadeira.... Voltamos para a Argentina para ir a um FreeShop, onde fomos não achei muito vantajoso as coisas não, é bom pra quem gosta de bebidas, aí sim tem bons preços.
Voltando para Foz, fomos até Itaipu para fazer uma visita, coisa grande. O tamanho é de espantar. Passeio muito bacana também. Vale muito a pena.
Voltando para a casa do Papito fomos informados que ele tinha convidado os amigos do moto clube para um jantar e iríamos fazer uma reuniãozinha, fantástica noite, pessoal nota 10, Papito muito obrigado, obrigado de coração mesmo, nem tenho como agradecer o tratamento que recebemos.
Galera dos Lobos foi um prazer sem tamanho conhecê-los. Um abraço e até breve a todos.

Terça-feira, 27 de setembro de 2011

25º Dia. Foz do Iguaçu/PR a Curitiba/PR – 637 Km - Fotos (Clique Aqui)

Saímos cedo de Foz do Iguaçu e o amigo Papito nos acompanhou até a saída para a rodovia, nos despedimos e seguimos para Curitiba onde mais amigos nos esperavam.
Em alguns lugares na estrada havia interrupções onde se estava sendo realizadas algumas obras. E foi em um desses “para e segue” que ficamos sabendo que um pouco mais a frente tinha acontecido dois acidentes e o transito estava parado, não sendo possível passar ninguém pois a carga do acidente era perigosa.
A cada parada em pedágios e abastecimentos perguntávamos sobre o acidente e a notícia era sempre a mesma, ninguém estava passando.
Mesmo assim decidimos seguir até o local do acidente e ver se realmente não haveria como passar.
No primeiro acidente era com uma carreta carregada com botijões de gás, tinha botijão espalhado para tudo quanto é lado, mas não havia bloqueio ou interrupção e passamos sem problema algum.
Mais uns 15 kilómetros a frente começamos a ver uma fila enorme de caminhões parados, ai pensei  “-Danou-se, hoje não chegaremos a Curitiba”, mas não.... Havia um desvio por dentro de umas propriedades onde só se estava passando carros e motos, sorte nossa. Não deu para ver muito bem o acidente, tudo estava isolado e com certeza haviam vitimas fatais, infelizmente.
Um pouco antes desse desvio encontramos com um Curitibano com sua Buell parado no acostamento olhando para a roda traseira. Ele disse que estava sentido a moto balançar um pouco a traseira e estava achando que era por causa do asfalto. 
Ela saiu andou mais uns 10 metros e notei que a roda traseiro da Buell estava totalmente solta, paramos novamente no acostamento e fui fazer meu diagnóstico, hahhahah Quando olhei mais de perto vi que o rolamento havia desaparecido, só restando as capas, e ele ainda queria seguir viagem devagar, sugeri que ele voltasse uns 500 metros até o posto e solicitasse um guincho. Desejamos sorte, pois ele iria precisar, e tocamos nossa viagem.
Chegamos a Curitiba no finalzinho da tarde, tento ligar para o amigo Saulo e nada dele atender, mesmo assim seguimos para a casa dele.
Cheguei em frente a casa do Saulo e liguei novamente, ele atende e fica surpreso ao saber que estávamos em frente sua casa. Ele estava nos fundos e não nos ouviu chamando.
A noite foi fantástica, no churrasco que o Saulo organizou estavam presentes os amigos do Clube DR800 e do Clube Big Trails, digo clube pois este é seu nome, mas essa turma são mais que amigos, são uma família.
A noite foi regada a muita cerveja, risadas e histórias de viagens, motos, encontros e futuros passeios. Galera animada e mesmo em uma noite de terça-feira o papo se estendeu, foi uma pena que alguns dos amigos não puderam comparecer. Mais outras oportunidades surgirão.

Quarta-feira, 28 de setembro de 2011

26º Dia. Curitiba/PR a Piracicaba/SP – 477 Km - Fotos (Clique Aqui)

Acordamos cedo, nos despedimos do Saulo e seguimos para a OFF Motos para a tradicional foto atrás do balcão.
Ajustamos e lubrificamos as correntes das motos e caímos na estrada.
Paramos um pouco antes de Registro para comer algo e tocamos para Juquiá onde subiríamos a serra até Votorantim.
Enquanto abastecíamos em Votorantim apareceu um motociclista que nos viu no posto e correu até lá para no entregar o adesivo de seu moto clube e nos fazer um convite para um churrasco na sexta-feira, juro que se fosse um pouquinho mais perto eu iria com certeza. Hahahahha.
Com as motos abastecidas tocamos para Piracicaba. Ainda na rodovia do açúcar a sensação do dever cumprido era grande. E também as vontade de chegar em casa.
Foram apenas 477 km, mas que fizemos com muita calma e cuidado, pois a viagem só termina quando se chega em casa.

Considerações finais.

No total foram 9775 km em 26 dias, rodando por 4 países, conhecendo pessoas, culturas, hábitos alimentares; enfrentando frio, muito frio, calor; passando por alguns apuros, mas todos resolvidos com a maior calma e sensatez.
Gostaria inicialmente de agradecer a Deus que me permitiu ter saúde para realizar esse sonho, agradecer minha família pelo apoio.
Gostaria sem dúvida de agradecer os amigos que acreditaram em meu projeto e embarcaram nessa aventura comigo, gostaria de agradecer os amigos mineiros Zé Glauco e Guto da cidade de Ouro Fino, e também ao amigo Robson Carioca, o paizão da turma, que contra a vontade dele nos deu um susto por causa de um cachorro. Ainda bem que só foi susto.
Quero agradecer também o amigo irmão Fabrício Ferro que topou certas insanidades, como enfrentar boa parte da cordilheira durante noite e com muito frio, e tudo por terra. Se somarmos tudo, acredito que passará de 1000 km de terra.
Obrigado aos amigos que toparam participar dessa viagem que as vezes saiu de caminhos convencionais para conhecermos lugares bem diferentes.
Sou grato também aos amigos da Oficina Moto Storm de São Paulo, da OFF Motos de Curitiba, do Varrela Motos em Piracicaba, da Mônica Motos em Piracicaba e também do Bar e Chopperia Casa da Sogra também em Piracicaba, amigos que de uma maneira ou outra colaboraram, acreditaram e participaram dessa viagem conosco. Obrigado mesmo de coração.
Obrigado também ao pessoal da academia Sport Way de Piracicaba, foi com eles que treinei e me preparei fisicamente durante pouco mais de um ano, treino esse que para mim fez muita diferença, quase nem senti os efeitos da altitude e foi fácil aguentar a rotina diária de pilotar uma moto pelos mais variados tipos de terreno, chegando a ficar quase 16 horas sobre a moto.
Obrigado aos amigos que mandaram seus comentários no blog, no e-mail, no celular. Obrigado a todos que manifestaram um certo interesse nessa viagem, obrigado a todos que nos enviaram suas energias positivas, mesmo que seja por sinais de fumaça. Obrigado a todos que encontramos pelas estradas, pelo bom papo e dicas trocadas. Obrigado a esse maravilhoso mundo sobre duas rodas.
Se me esqueci de alguém me desculpe, mas pode ter certeza que sou muito grato a todos de coração.


Fotos da viagem (Clique aqui)